
19/09/2022
Alerta para os responsáveis sobre jogos/vídeos de terror
Prezados responsáveis,
Nós, enquanto escola, temos o dever de atuar por meio de ações que visam à proteção da infância. Recentemente, escutamos algumas crianças de diferentes turmas falando sobre personagens de jogos e vídeos de terror. Trata-se do boneco Huggy Wuggy e o Homem da Janela. São jogos diferentes, mas que têm em comum conteúdos que despertam fantasias assustadoras, ansiedade e, principalmente, colocam as crianças em riscos, uma vez que por meio de sugestões e desafios tornam as crianças vulneráveis a temas e ações que ameaçam sua integridade física e psicológica.
Os jogos e vídeos presentes nas diferentes plataformas digitais se utilizam de cores, sons, imagens que fazem com que as crianças mergulhem naquele universo e se conectem com as mensagens transmitidas. Dessa forma, os responsáveis precisam estar atentos, pois esses jogos e vídeos aparecem nas telas como sugestão e, muitas vezes, as crianças são induzidas a clicar. Os responsáveis devem controlar o uso dos aparelhos eletrônicos pelas crianças, em relação ao tempo frente às telas e ao conteúdo acessado.
O personagem Huggy Wuggy faz parte de um jogo internacional chamado Poppy play time. É um jogo de terror e de sobrevivência e a trilha sonora possui músicas com letras que falam de “abraçar até matar” e de “último suspiro”. Em anos anteriores, foram os jogos e vídeos da baleia azul e boneca momo que inclusive, provocaram a morte de jovens por meio dos desafios lançados por esses jogos.
As crianças por meio das experiências e afetos estão construindo seu modo de ser e suas memórias. Por meio da imitação, elas aprendem e internalizam algumas características. Desse modo, o acesso excessivo a jogos violentos e assustadores podem ter efeitos negativos, pois elas podem querer reproduzir isso nas interações e nas brincadeiras.
Uma boa opção para auxiliar os pais a assegurar os filhos é o chamado controle parental. Essa ferramenta é um instrumento que permite que os adultos protejam a privacidade dos menores e a segurança on-line de acordo com a prévia definição de permissões e bloqueios de acesso. Através dessa opção, é possível selecionar quais conteúdos as crianças podem ter acesso, baseado nas faixas etárias atribuídas pela classificação indicativa, além de definir o tempo que podem jogar, monitorar e controlar o acesso à navegação na internet e em chats.
Desse modo, é sempre bom lembrar que o espaço virtual é como uma praça pública. Ninguém abandona o filho sozinho na praça por riscos óbvios presentes no local e assim também é o espaço virtual. Com riscos que nem sempre são óbvios, mas são muitos e cada vez maiores.
Fonte/Autor: Escola Lira Coutinho (Ceará)